Os Estados Unidos estudam fazer sua primeira contribuição para o Fundo Amazônia, mecanismo do governo brasileiro voltado ao combate ao desmatamento na Amazônia, de acordo com a agência de notícias Reuters.
Segundo fontes do governo norte-americano ouvidos pela agência, Washington deve anunciar a intenção de doar para o fundo durante encontro entre os presidentes dos EUA, Joe Biden, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, que acontecerá na Casa Branca na sexta-feira.
Oficialmente, a Casa Branca diz que ainda não foi feito um anúncio “neste momento”.
Uma contribuição dos Estados Unidos para o Fundo Amazônia, administrado pelo Brasil, fortaleceria os laços entre as duas maiores democracias do Hemisfério Ocidental, após as relações mais frias entre Biden e o ex-presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro.
O Fundo Amazônia foi criado em 2009 com uma doação inicial da Noruega para ajudar a combater o desmatamento e estimular o desenvolvimento sustentável no Brasil. Bolsonaro congelou o fundo quando assumiu o cargo em 2019, mas Lula o reiniciou com o apoio da Noruega e da Alemanha.
O Reino Unido também está estudando se juntar ao fundo, que já recebeu US$ 1,3 bilhão (cerca de R$ 7,38 bilhões) até agora.
Na quinta-feira (9), a França e a União Europeia também anunciaram a intenção de fazer parte do fundo, segundo anunciou a ministra das Relações Exteriores da França, Catherine Colonna, que visita o Brasil esta semana.
Já na semana passada, a Alemanha anunciou uma nova doação de 35 milhões de euros (cerca de R$ 198 milhões) ao Fundo Amazônia, como parte de uma promessa ambiental de 200 milhões de euros (cerca de R$ 1,13 bilhões) ao Brasil.