A reunião entre autoridades de 42 países no sábado (5) em Jidá, na Arábia Saudita, terminou sem avanços significativos para o fim da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, disseram participantes à AFP. Encontros bilaterais são esperados neste domingo (6).
O objetivo de Kiev era conquistar o apoio de nações emergentes, como o Brasil, Índia e África do Sul, além da China. As nações se posicionam contra a guerra, mas não apoiam a Ucrânia.
Conforme anunciado pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na reunião foi discutida a “fórmula da paz”, proposta de 10 pontos apresentada por ele em novembro de 2022, que visa o fim do conflito com a Rússia. O Kremlin, porém, não foi convidado.
Entre as exigências de Zelensky estão a retirada das forças russas do território ucraniano e a restituição península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014.
Em seu discurso, o assessor para assuntos internacionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Celso Amorim, disse que “qualquer negociação real” deve “incluir todas as partes”.
“Ainda que a Ucrânia seja a maior vítima, se realmente queremos a paz, temos que envolver Moscou de alguma forma neste processo”, declarou.