Sentindo-se preteridos por autoridades do governo, depois de algumas reuniões, deputados da Frente Parlamentar da Mineração conseguiram uma audiência com Jair Bolsonaro na semana passada, no Planalto, conforme a coluna Radar da revista Veja.
O grupo apresentou ao presidente conforme publicação o que chamaram de dossiê com supostas denúncias envolvendo a Agência Nacional da Mineração (ANM).
Representantes do lobby da mineração também estavam presentes.
Com relatos e documentos de esquemas pouco ortodoxos, segundo os deputados, a reunião teve um momento tenso.
O deputado Ricardo Izar (PP-SP) relatou que há 200 mil processos parados na agência, que há problemas nos leilões e apontou outras questões.
A certa altura, uma representante dos mineradores disse claramente que há até preço para se tirar uma licença no órgão, de 200 mil reais. Não apresentou provas ali na hora.
Presente no encontro, o secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia, Alexandre Vidigal, refutou a acusação e disse que ela deveria comprovar o que diz e que nunca soube desse fato.
Nesse momento, Izar afirmou que Alexandre sabia, sim. Que ele (Izar) entregou esse dossiê a ele. Outro parlamentar, Evandro Roman (Patriota-PR), endossou a palavra do colega e contou que estava junto quando isso aconteceu.
“Entregou, sim, secretário. Na tua mão. Eu estava junto”.
O secretário negou conhecimento do fato.
O presidente ficou incomodado com a situação e teria atendido a um pedido da frente para a criação de uma secretaria própria para a área.