O candidato do PT ao Planalto, Fernando Haddad, afirmou nesta última terça-feira (9) que seu adversário, Jair Bolsonaro (PSL), deu uma resposta “do nível do candidato” ao chamá-lo de “canalha” e refutar a proposta do petista de firmar um acordo de boas práticas nas redes sociais no segundo turno.
O PT está preocupado com o avanço de notícias falsas contra Haddad, que avalia isso como um fator importante para o avanço da onda em apoio ao capitão reformado na reta final do primeiro turno.
“As duas campanhas poderiam se ajudar e contribuir para que o eleitor recebesse informações reais”, afirmou Haddad antes de uma reunião de dirigentes e governadores petistas, em São Paulo.
“Acenamos ontem [segunda, 8] numa entrevista e recebemos uma resposta do nível do candidato”, completou o petista.
Nesta segunda, após a proposta pública de Haddad pelo protocolo de ética nas redes sociais, Bolsonaro publicou no Twitter que “o pau mandado de corrupto me propôs assinar ‘carta de compromisso contra mentiras na internet’.” E o chamou de “canalha”.
“O mesmo que está inventando que vou aumentar imposto de renda para pobre. É um canalha! Desde o início propomos isenção a quem ganha até R$ 5.000. O PT quer roubar até essa proposta”, escreveu o capitão reformado.
Haddad disse ainda que se solidariza com a jornalista Miriam Leitão, da GloboNews, que tem sido atacada nas redes sociais por um comentário sobre a postura autoritária de Bolsonaro.
“Sentimos que a democracia está sendo atacada por esse tipo de atitude, na minha opinião, covarde dos que não convivem com regras democráticas”, disse o petista.