Com ministérios no governo Lula da Silva (PT), mas também ao lado do bolsonarismo em São Paulo, o Republicanos do governador Tarcísio de Freitas e o MDB do prefeito Ricardo Nunes se esforçam segundo Augusto Tenório e Roseann Kennedy, do jornal O Estado de S. Paulo, para desvincular a imagem dos partidos do ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para este domingo (25) na Avenida Paulista. Tarcísio e Nunes planejam chegar juntos, mas a participação deles é tratada nos bastidores das legendas de formas diferentes.
A preocupação maior é no MDB, que avisou o prefeito para evitar discurso e ter ciência de que qualquer foto ao lado de Bolsonaro será usada pelos adversários na campanha deste ano, num momento em que as investigações da Polícia Federal sobre os planos para um suposto golpe de Estado avançam contra o ex-presidente. Já o Republicanos, que aposta em acordos com o PL para eleger mais prefeitos, dispensou orientação.
Líderes dos dois partidos tratam a adesão de correligionários ao ato de Bolsonaro como decisões individuais e isoladas. No MDB, dirigentes fazem questão de destacar que, de uma bancada de 44 deputados federais, apenas três confirmaram presença.
Como mostrou a Coluna, Bolsonaro deu um “salvo-conduto” a Nunes e prometeu apoiá-lo na campanha eleitoral, mesmo se ele não for ao ato. “Nos pareceu aquela situação quando o pai diz: ‘Quer fazer isso, faça!’ Mas ai de você se fizer”, comparou um integrante da cúpula emedebista.
Bolsonaro monitora com lupa a lista de confirmação de presenças. Nos bastidores, o PL sabe da dificuldade de exigir comparecimentos, no atual momento. O senador Flávio Bolsonaro (PL), filho 01, disse à Coluna que é possível os políticos demonstrarem apoio sem, necessariamente, estar no ato.