De acordo com CNM, o resultado das eleições de 2022 – para Câmara e Senado Federal – mostram um aumento de deputadas eleitas em comparação com 2018, mas uma queda no número de senadoras eleitas. Na Câmara, houve um aumento de 77 para 91 mulheres, o que representa um incremento de 18%. Já no Senado somente quatro candidatas foram eleitas, enquanto que, na renovação anterior de ⅓ das cadeiras, em 2014, haviam sido cinco.
O Movimento Mulheres Municipalistas (MMM) da CNM parabeniza todas as eleitas e pontua os avanços neste pleito quanto à participação feminina, mas alerta que o cenário ainda é preocupante e reafirma a distorção na representatividade da população. Por exemplo, embora a maior parte do eleitorado seja feminino (52,65%), mulheres eleitas na Câmara representarão somente 17,7% dos 513 deputados federais. No Senado, as quatro eleitas são apenas 14,8% dos 27 cargos disputados nesta eleição.
Em relação aos governos estaduais, apenas duas mulheres serão governadoras em 2023. No Rio Grande do Norte, a governadora Fátima Bezerra foi reeleita no 1º turno. Em Pernambuco, embora o pleito ainda dependa do 2º turno, as duas chapas são lideradas por mulheres. Ao cargo de presidente da República, foram apresentadas quatro candidaturas femininas, um recorde para o pleito. No entanto, desde a redemocratização do Brasil até hoje, apenas 11 mulheres concorreram ao posto.
Nas eleições de 2022, 9.892 mulheres pleitearam algum posto — o que representou 34% das candidaturas.
Prefeitas
Para o mandato 2021-2024 foram eleitas, no pleito de 2020, 652 prefeitas, o que equivale à chefia de apenas 12% dos Municípios. De acordo com o Censo das prefeitas brasileiras, desenvolvido pelo Instituto Alziras, em parceria com o MMM e a CNM, o Brasil está dividido da seguinte forma, no que se refere a Municípios governados por mulheres por Região: região Nordeste tem 307 prefeitas); Sudeste com 137; Sul com 106 prefeitas; Norte tem 68; e o Centro-Oeste, 55.