Ernesto Araújo deu informação no Twitter e não esclareceu se algum representante do governo Ortega foi convidado. Brasil chamou líderes de Cuba e Veneuela, mas depois desconvidou.
A posse do PR Bolsonaro marcará o início de um governo com postura firme e clara na defesa da liberdade. Com esse propósito e frente às violações do regime Ortega contra a liberdade do povo da Nicarágua, nenhum representante desse regime será recebido no evento do dia 1°.
— Ernesto Araújo (@ernestofaraujo) December 23, 2018
O futuro ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, informou neste domingo (23) no Twitter que o Brasil não receberá representantes da Nicarágua na posse de Jair Bolsonaro como presidente da República. A posse está marcada para 1º de janeiro, em Brasília.
A Nicarágua enfrenta a maior crise política do país desde a Revolução Sandinista, em 1979.
O governo de Daniel Ortega enfrenta ondas de protestos e greves nacionais, centenas de pessoas já foram mortas e tem havido conflitos nas ruas do país. Além disso, canais de TV contrários ao governo passaram a ser fechados pela polícia local.
“A posse do PR Bolsonaro marcará o início de um governo com postura firme e clara na defesa da liberdade. Com esse propósito e frente às violações do regime Ortega contra a liberdade do povo da Nicarágua, nenhum representante desse regime será recebido no evento do dia 1°”, publicou Araújo no Twitter (veja na imagem acima).
Cuba e Venezuela
Na semana passada, o Ministério das Relações Exteriores informou que o governo chegou a convidar os líderes de Cuba e Venezuela para a posse de Bolsonaro, mas depois os desconvidou a pedido do presidente eleito.
Embora Bolsonaro tenha prometido durante a campanha que faria um governo “sem viés ideológico”, tem adotado postura contrária a países como Cuba, Venezuela e China por avaliar que esses países têm a mesma ideologia do PT.
Segundo o Itamaraty, a equipe de Bolsonaro recomendou que todos os chefes de Estado e de governo dos países com os quais o Brasil mantém relações diplomáticas deveriam ser convidados para a posse.
Mas, ainda de acordo com o ministério, a decisão sobre Cuba e Venezuela foi tomada em um segundo momento, também por recomendação do governo eleito.