Quase 60% dos profissionais apontaram a remuneração não condizente com as exigências do cargo é a principal causa de estresse no trabalho em uma pesquisa feita pela consultoria de RH Michael Page.
Para 58,7% dos participantes da pesquisa, o salário inapropriado ficou à frente do esgotamento mental causado pelo relacionamento ruim com colegas ou líderes (39,4%), pela falta de participação na tomada de decisões e falta de controle sobre os processos (37,8%) e falta de perspectivas de carreira (32,9%). Os executivos entrevistados ocupam cargos que vão desde posições de suporte à gestão até diretoria.
A consultoria ouviu 6,8 mil trabalhadores e empresas para um levantamento que apontasse as causas do nível do esgotamento mental dos profissionais no ambiente corporativo. O estudo apontou ainda que 36,5% dos colaboradores não se sentem amparados ou apoiados mental e emocionalmente pela empresa em que trabalham, superando os que se sentem relativamente apoiados (30,5%), apoiados (20,2%) e muito apoiados (7,2%).
Além de questões salariais, relacionamento e perspectivas de carreira, o excesso de trabalho e jornadas longas também se destacam como causas significativas de insatisfação, impactando 32,5% dos profissionais.
A pesquisa também procurou entender qual é o nível diário do esgotamento mental dos profissionais no ambiente de trabalho. Metade dos respondentes (50,5%) afirmou ter um moderado grau de estresse por dia, superando a média dos que têm um índice alto (24,2%), baixo (17,8%), multo alto (5,9%) e nulo (1,6%).