O Supremo Tribunal Federal (STF) julga nesta quarta-feira (7) se governadores e prefeitos podem proibir cultos religiosos presenciais para conter a disseminação da Covid-19. Um dos primeiros a se manifestar na sessão, o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), André Mendonça, foi alvo de críticas nas redes sociais após defender a abertura de igrejas e templos, e afirmar que “os religiosos não estão matando pela sua fé, mas estão dispostos a morrerem por ela”.
Pastor presbiteriano, Mendonça citou trechos da bíblia para explicar o significado de ir à igreja para os cristãos e afirmou que “Ser cristão em sua essência é viver em comunhão não apenas com Deus, mas estar junto com o próximo”. As falas do ministro foram rejeitadas por parte dos internautas, que declararam que o AGU fez uma pregação e não apresentou argumentos jurídicos. Seu nome acabou marcando presença na lista de assuntos mais comentados no Twitter.
O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) afirmou na rede social que Mendonça “está muito abaixo da mediocridade”. Assim como outros usuários da plataforma, Freixo interpretou a fala do ministro como um aceno aos evangélicos e, consequentemente, uma campanha para ser indicado ao STF.