Com o “autoexílio” de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o deputado Filipe Barros (PL-PR) assumiu nesta quarta-feira (19) a presidência da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) da Câmara. O paranaense foi indicado e anunciado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nessa terça (18).
O cargo estava no centro de uma disputa entre o PT e o PL, sendo que o partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não aceitava a indicação do filho de Bolsonaro para comandar um dos colegiados mais importantes da casa.
Em 27 de fevereiro, o PT entrou com uma representação no Supremo Tribunal Federal (STF) para que ele tivesse o passaporte apreendido. Alexandre de Moraes encaminhou a solicitação para a Procuradoria-Geral da República, que se manifestou contrária. O ministro do STF também se manifestou contra.
Eduardo era a primeira opção do Partido Liberal para a Comissão de Relações Exteriores. Ele deixou o país e anunciou, nessa terça, que vai se licenciar do mandato para morar nos Estados Unidos. Em publicação nas redes sociais, o deputado atacou o ministro Moraes e a Polícia Federal (PF), a quem chamou de “Gestapo” – a polícia secreta do regime nazista de Adolf Hitler na Alemanha. “Da mesma forma que eu assumi o mandato parlamentar para representar a minha nação, eu abdico temporariamente dele”, afirmou Eduardo Bolsonaro.
Filipe Barros foi anunciado na CRE por Bolsonaro em entrevista a jornalistas no Senado. ““A comissão continua sendo nossa [do PL]. Deve ser o Filipe Barros, o indicado para a presidência. Era o Zucco, mas o Zucco continua na liderança da minoria, da oposição”, disse o ex-presidente.
O deputado está no seu segundo mandato e era líder da oposição na Câmara dos Deputados até fevereiro.