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Retrato oficial da 344ª Reunião do Alto-Comando do Exército, realizada em cinco encontros ao longo da primeira semana de agosto, no Quartel-General do Exército, em Brasília. Foto: Divulgação/CCE/Arquivo
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sábado 7 de dezembro de 2024 às 18:13h

Relação de Lula e militares volta à estaca zero, avaliam integrantes do governo

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Integrantes do governo avaliam que a relação entre o presidente Lula da Silva (PT) e os militares voltou de acordo com Bela Megale, a retroceder. Alguns ministros chegam a dizer que revivem hoje um ambiente similar ao dos ataques golpistas de 8 de janeiro, quando o clima entre o governo e a caserna azedou fortemente.

Tanto para auxiliares de Lula quanto para membros da cúpula militar, a inclusão das Forças Armadas no pacote de corte de gastos do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é o principal foco de tensão. Boa parte dos militares considera que a medida seria uma espécie de retaliação devido às revelações da Polícia Federal sobre o envolvimento de fardados no plano de golpe de Estado, que previa até o assassinato de Lula, Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Essa hipótese é fortemente rechaçada por integrantes da equipe econômica do governo, que apontam que, assim como em outras áreas, a aposentadoria dos militares precisa passar por reajustes. A medida que afeta as Forças ocorre por meio do estabelecimento de uma idade mínima de 55 anos para que possam ir para a reserva, com um período de transição até 2032.

A mudança na previdência gerou reações, como um vídeo feito pela Marinha questionando “privilégios” e com mensagem para Haddad, conforme informou a coluna. O presidente Lula soube do material e não gostou do que viu.

Mas a fervura na relação também tem outros fatores. Desde que a PF prendeu quatro militares, em 19 de novembro, envolvidos num plano de assassinar o presidente, o caldo, de fato, voltou a entornar. Outro ponto foi o episódio com o coronel da reserva Anderson Freire Barboza, diretor de um curso na Escola Superior de Guerra (ESG). Ele disse que as eleições de 2022 “foram roubadas sob a liderança de Alexandre de Moraes” e chamou Lula de “ladrão”, num grupo de WhatsApp com cerca de cem pessoas. Pouco depois, foi exonerado pelo Ministério da Defesa.

Por fim, veio o indiciamento feito pela PF de 25 militares, sendo sete generais, colocado Jair Bolsonaro como peça central no plano de ruptura institucional.

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