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domingo 14 de julho de 2019 às 15:54h

Reis árabes e ditadores que nomearam parentes para cargos diplomáticos

CURIOSIDADES


Bolsonaro pode repetir uma decisão tomada somente por ditadores, por um monarca e um ex-presidente acusado de corrupção caso indique seu terceiro filho para o cargo de embaixador

Conforme publicou o Nossa Política, caso o presidente Jair Bolsonaro leve adiante a ideia de nomear o filho, Eduardo Bolsonaro, para comandar a embaixada do Brasil nos Estados Unidos, estará se igualando a monarcas e ditadores que também indicaram filhos para ocupar cargos diplomáticos em outros países.

Os precedentes são notáveis casos de nepotismo. Bolsonaro pode repetir uma decisão tomada somente por ditadores, por um monarca e um ex-presidente acusado de corrupção caso indique seu terceiro filho para o cargo de embaixador.

Gulnara Karimova foi nomeada embaixadora do Uzbequistão na Espanha em 18 de Janeiro 2010. O responsável pela decisão foi seu próprio pai, o ditador Islam Karimov, que governou o país de 1989 até a sua morte em 2016.

O ditador Idriss Déby, que está no poder desde 1990, tomou a mesma decisão só que em dobro. Enquanto o filho Zakaria Idriss Déby foi nomeado como embaixador nos Emirados Árabes, o genro foi para a África do Sul.

Em 1999, o presidente Serzh Sargsyan, nomeou por decreto o próprio genro e vice-chefe de governo, Mikael Minasyan, ao cargo de embaixador extraordinário e plenipotenciário da República da Armênia no Vaticano.

O rei da Arábia Saudita, Salman bin Abdulaziz Al Saud, que comanda o país desde 2015, nomeou seu filho, Khalid bin Salman, como embaixador nos Estados Unidos, em 2017.

Na ONU, ditadores como Saddam Hussein, no Iraque, e Muammar Mohammed Abu Minyar al-Gaddafi, na Líbia, também nomearam seus parentes para cargos semelhantes e, na maioria das vezes, a fim de aproveitar a aproximação da sede da organização, na Suíça, com os bancos locais.

Jair Bolsonaro e Donald Trump podem entrar nesta lista. É que, a possível nomeação de Eduardo Bolsonaro para a embaixada brasileira em Washington teria como consequência a nomeação de Eric Trump para comandar a embaixada americana em Brasília. Seria um fato inédito entre nações democráticas.

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