O ministro do Interior britânico, Priti Patel, aprovou nesta sexta-feira (17) a extradição do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, para os Estados Unidos para enfrentar acusações criminais, levando a longa saga legal mais perto de uma conclusão.
Assange é intimado pelas autoridades norte-americanas por 18 acusações, incluindo espionagem, relacionadas à divulgação, pelo WikiLeaks, de uma vasta coleção de registros militares confidenciais dos EUA e telegramas diplomáticos que, segundo elas, colocaram vidas em perigo.
Seus apoiadores dizem que ele é um herói anti-establishment que foi perseguido porque expôs as irregularidades dos EUA em conflitos no Afeganistão e no Iraque, e que sua acusação é um ataque politicamente motivado ao jornalismo e à liberdade de expressão.
“Em 17 de junho, após consideração do Tribunal de Magistrados e do Tribunal Superior, foi ordenada a extradição de Julian Assange para os EUA. Assange mantém o direito normal de apelar à decisão no período de 14 dias”, disse o Ministério do Interior em comunicado.
A decisão de Patel não significa o fim da batalha legal de Assange, nascido na Austrália, que já dura mais de uma década.
O fundador do WikiLeaks pode apelar para o Tribunal Superior de Londres, que deve dar sua aprovação para que uma contestação continue. Em última análise, ele pode tentar levar seu caso à Suprema Corte do Reino Unido. Mas se o recurso for negado, Assange deve ser extraditado em 28 dias.