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domingo 6 de fevereiro de 2022 às 09:17h

Reforma ministerial antecipará guerra de aliados de Bolsonaro nos estados

NOTÍCIAS, POLÍTICA


Durante visita a Porto Velho (RO) na quinta-feira (3) o presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou a troca de 11 ministros até 31 de março em razão das eleições. Essa é a data-limite para a saída do governo daqueles que concorrerão em outubro a mandatos eletivos. Bolsonaro disse que, se depender dele, os nomes de quem sai e de quem entra só serão conhecidos no Diário Oficial da União.

Enquanto a lista não é divulgada, vários ministros já articulam de acordo com a Veja, suas campanhas nos estados. Por enquanto, a tendência é de que haja disputa direta entre aliados do presidente em algumas unidades da Federação. No Distrito Federal, onde Bolsonaro aparece à frente de Lula numa pesquisa recente, a ministra-chefe da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, espalhou diversos outdoors desejando Feliz Natal e próspero Ano-Novo aos eleitores. As festas já passaram, mas a propaganda continua lá.

Esposa do ex-governador do DF José Roberto Arruda, Flávia pretende disputar uma vaga ao Senado. Entre os seus possíveis rivais está o ministro da Justiça, Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do DF na gestão do atual governador, Ibaneis Rocha. Torres ainda cogita concorrer à Câmara dos Deputados, mas por enquanto seu prioridade é mesmo o Senado.

Outros dois ministros de Bolsonaro são adversários no Rio Grande do Norte. Fábio Faria, das Comunicações, e Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, querem a vaga de senador. A rivalidade entre eles se desenrola nos bastidores desde o ano passado e, até aqui, não há chance de um acordo, com um deles abrindo mão e optando por outra posição. Ambos inclusive intensificaram viagens ao estado.

Em São Paulo, o racha bolsonarista é ainda mais profundo, porque envolve integrantes de alas distintas do governo. De olho na eleição para a disputa de governador estão o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, um técnico de carreira, e o ex-ministro Educação Abraham Weintraub, expoente da ala ideológica, outrora poderosa, hoje escanteada.

Além das articulações eleitorais, Brasília testemunha uma série de articulações pela nomeação dos substitutos dos ministros-candidatos. Um dos cotados para o Ministério da Justiça, por exemplo, é o do diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem. Muito próximo à família presidencial, Ramagem também é especulado como candidato a deputado federal pelo Rio de Janeiro. A aposta é de que ele fará o que Bolsonaro achar melhor.

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