Privatizada em dezembro de 2021, a Refinaria de Mataripe, na Bahia — antiga Landulpho Alves (Rlam) –, já registra o recorde segundo a coluna Radar, na Veja, da gasolina mais cara do Brasil, diz a Federação Nacional dos Petroleiros.
O litro do combustível na unidade, que historicamente custava 2 centavos a menos do que o preço médio cobrado nas outras refinarias da Petrobras, neste ano está sendo vendido, em média, por 14 centavos a mais.
Hoje, segundo os petroleiros, a gasolina mais barata do país é comercializada pela Refinaria Potiguar Clara Camarão, do Rio Grande do Norte, que teve sua venda aprovada na última sexta pelo Conselho de Administração da estatal.
O levantamento foi feito pelo Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais para o Observatório Social da Petrobrás, organização ligada à FNP.
De acordo com o estudo, entre 1º e 31 de janeiro deste ano, a Petrobras comercializou a gasolina tipo A pelo preço médio de 3,18 reais, enquanto a Acelen, empresa gestora da Refinaria de Mataripe, cobrou, em média, 3,32 reais o litro.
O estudo é baseado em dados disponibilizados nos sites da Petrobras e da Acelen sobre “preços de venda da gasolina A sem tributos, à vista, por vigência (R$/m³)”, no período de 1 de agosto de 2019 a 31 de janeiro deste ano.
“A série histórica disponibilizada pela estatal mostra que, entre as refinarias da Petrobras, a gasolina da Rlam sempre foi mais barata do que a média, cenário que se inverteu após a privatização”, diz Eric Gil Dantas, economista do OSP e do Ibeps.