Em entrevista à rádio Sociedade da Bahia, o prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), diz que existe um esforço contínuo em resolver o impasse que os trabalhadores ambulantes enfrentam para o recadastramento em atuar nas festas populares, como o Carnaval.
“Nós temos um retorno de 40 mil pessoas que querem trabalhar, e só temos 4 mil vagas. O local do Carnaval que temos o maior problema para o cadastramento dos ambulantes é o circuito Dodô (Barra-Ondina). A Barra é o circuito que abriga mais pessoas e é o local mais desejado também pelos foliões. Eu já sabia que seria a um carnaval com maior participação popular, mas o espaço é o mesmo. Uma das minhas maiores preocupações é distribuir corretamente um lugar que a polícia possa passar, o folião possa curtir, os trios possam circular. Ou seja, estamos enfrentando uma situação no qual o espaço continua o mesmo”, disse.
Durante o período pré-carnavalesco, diversos trabalhadores fizeram protesto em frente à sede da SEMOP e contestaram o serviço disponibilizado pela prefeitura, apontando a impossibilidade de finalizar a inscrição no site. Questionado sobre a persistência do problema, já que havia uma projeção da quantidade exacerbada de ambulantes, o prefeito comenta que “simplesmente eu mantive a mesma sistemática que foi feita antes. Ou seja, todo mundo ficou acomodado com a questão e não teve mudança”, assumiu.
Para as festas do próximo ano, o parlamentar argumenta que existe uma ideia concreta para a resolução do problema e tem demonstrado preocupação sobre a situação dos ambulantes.
“Iremos melhorar dando prioridade para quem vive disso. Tem pessoas de Salvador que vivem como ambulante, a exemplo das pessoas que estão na porta de diversos shows, festas populares. Então essas pessoas, ao meu ver, a renda do carnaval tem impacto maior do que quem vai efetivar um extra durante a folia”, elenca o prefeito.
“A prioridade também será para quem é de Salvador. Fazer um cadastro prévio, como no segundo semestre e selecionar essas pessoas para todos os eventos do verão”, finaliza sobre a questão.