Foram anos de trabalho, meses de recuperação após lesões no joelho para que a ginasta brasileira Rebeca Andrade chegasse aqui, como medalhista olímpica de prata no individual-geral dos Jogos Olímpicos de Paris 2024.
Medalhista de prata na prova em Tóquio 2020, Rebeca ficou atrás apenas de Simone Biles em Paris 2024 nesta quinta-feira (1º).
Ao conquistar mais uma medalha, Rebeca deu mais um passo para se tornar a maior atleta brasileira de todos os tempos. Ela soma quatro medalhas olímpicas e precisa de mais uma para igualar o recorde dos velejadores Robert Scheidt e Torben Grael, ambos com cinco medalhas
A história da ginasta
Nascida em Guarulhos, São Paulo, Rebeca começou a treinar aos 4 anos de idade. Ela vem de uma família de sete irmãos e toda a renda da casa era proveniente da mãe, que era empregada doméstica. Apesar da grande evolução na modalidade, ela ficou alguns períodos sem treinar por falta de recursos.
Superando todas as dificuldades, é dona de um currículo inédito na ginástica artística: tem um ouro no salto e uma prata no individual geral, conquistadas em Tóquio, e o bronze por equipe em Paris. Além das três medalhas olímpicas, tem nove pódios em mundiais, três ouros, quatro pratas e dois bronzes.
Na final de equipes na capital francesa, Rebeca desbancou Simone Biles, considerada a maior ginasta do mundo. Ela conquistou a pontuação de 15.100, enquanto a norte-americana tirou 14.900. O desempenho ajudou a garantir o bronze para o Brasil, ficando apenas atrás da Itália, com a prata, e os Estados Unidos, que ficou com o ouro.