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terça-feira 28 de julho de 2020 às 14:29h

Reabertura do comércio ganha amplo debate na Câmara de Salvador

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A retomada das atividades econômicas em Salvador teve amplo debate na Câmara Municipal, na manhã desta terça-feira (28), em sessão ordinária transformada em especial temática transmitida a partir do Plenário Cosme de Farias. Vereadores, secretários municipais, infectologista e representantes do comércio analisaram a complexidade que existe entre conter o avanço da Covid-19 e a recuperação da economia. O presidente da Casa, vereador Geraldo Júnior (MDB), abriu os trabalhos e passou a direção para a vereadora e ouvidora-geral Aladilce Souza (PCdoB), autora do requerimento para a realização da sessão.

“Nós estamos sob um protocolo de retomada das atividades econômicas e nesses quatro meses de isolamento social sofremos com perdas e temos também o estrangulamento da economia. A situação é complexa, complicada para ser gerida”, reconheceu Aladilce Souza. Ela apresentou números da pandemia que registra654.327 mortos no mundo, até terça-feira, 28. Os números são da Universidade Johns Hopkins.

“Como compromisso, faremos um documento que será encaminhado ao prefeito com todas as propostas apresentadas na sessão e também com os projetos dos vereadores para a Prefeitura analisar. Não queremos um revés da doença”, afirmou Aladilce Souza ao final do debate.

O secretário municipal da Saúde, Leo Prates, informou que o trabalho de prevenção vem sendo intensificado para evitar o uso das UTIs. Sobre a abertura das atividades econômicas, na primeira fase, afirmou que, se o plano der certo, com a queda na ocupação das UTIs, a segunda fase ocorrerá a partir do dia 9 de agosto.

“Não existe economia sem saúde, com pessoas adoecendo e morrendo. Estamos trabalhando para preservar vidas e manter os empregos da cidade”, afirmou. Leo Prates disse ainda que na fase dois serão abertas as academias de ginástica e similares, as barbearias e salões de beleza, os centros culturais e galerias e as lanchonetes, bares e restaurantes.

O secretário municipal de Gestão, Thiago Dantas, completou a fala de Leo Prates informando que Salvador teve um desempenho acima da média no combate à doença por conta das ações que foram tomadas pelo prefeito ACM Neto.

Testes

“Não existe solução mágica para a Covid-19”, frisou o epidemiologista Maurício Barreto. Ele destacou que Salvador soube controlar a curva da epidemia, defendeu o uso da máscara e observou que há os casos dos indivíduos infectados, mas não são casos de doença. Também apontou para a importância dos testes para saber a carga de infectados na comunidade.

O superintendente Executivo da Fecomércio, Jamerson Barreiro, relatou as dificuldades das empresas para manter os empregos e honrar com os compromissos. Já o presidente do Sindicato dos Comerciários de Salvador, Renato Ezequiel, reconheceu as demissões no setor por causa da Covid-19, passando de 460 mil no Brasil e de 20 mil na Bahia, e mostrou preocupação com a retomada da economia em relação à preservação da vida.

Representante do Movimento dos Organizadores e Profissionais de Eventos da Bahia (Mope-BA), Mariana Cozza, frisou que o setor foi o mais afetado pela pandemia. Ela pediu o retorno das atividades e relatou dificuldades das empresas para pagar os impostos e sem ter receitas.

“Não há confronto entre saúde e economia. Há falta de planejamento”, afirmou o vereador Edvaldo Brito (PSD). Ele concordou com a exposição de Mariana Cozza e pediu uma solução para a questão dos tributos que são cobrados sem haver atividade econômica.

Os vereadores Sílvio Humberto (PSB) e Marta Rodrigues (PT) se mostraram preocupados com uma segunda onda da Covid-19. A vereadora Lorena Brandão (PSC) defendeu a abertura dos salões e pediu a ampliação em uma hora do tempo de abertura das igrejas.
Também falaram sobre a importância de cuidar das pessoas os vereadores Marcos Mendes (PSOL) e Odiosvaldo Vigas (PDT).

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