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Apreensão de cigarro pela Receita Federal - Foto: Receita Federal
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quinta-feira 13 de fevereiro de 2025 às 18:05h

Ranking mostra setores no Brasil mais afetados por pirataria e falsificações

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Atividades ilícitas em 15 setores da economia causaram de acordo com Bruno Pavan, da revista IstoÉ, prejuízo de R$ 468,3 bilhões ao país em 2024, segundo levantamento do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP). Esse montante inclui tanto as perdas diretas da indústria (R$ 327,8 bilhões) quanto a evasão fiscal (R$140,4 bilhões) gerada pelo mercado ilegal. O resultado representa um salto de 62% em relação a 2020, quando o prejuízo era de R$ 288 bilhões e de 6% em relação a 2024.

Os setores de vestuário, bebidas alcoólicas e combustíveis foram os que mais foram afetados pela pirataria e contrabando. Nos últimos quatro anos, o impacto da ilegalidade aumentou em quase R$ 200 bilhões.

Confira os 15 setores mais afetados pirataria e falsificações

Setor Perdas (R$)
 1 – Vestuário 87.360.000.000
 2 – Bebidas alcoólicas 85.200.000.000
 3 – Combustíveis 29.000.000.000
 4 – Material esportivo 23.300.000.000
 5 – Higiene pessoal, perfumaria e cosméticos 21.000.000.000
  6 – Defensivos agrícolas 20.496.600.000
  7 – Ouro 12.750.000.000
  8 – TV por assinatura 12.100.000.000
  9 – Óculos 10.980.000.000
 10 – Celulares 9.700.000.000
 11 – Cigarros 8.800.000.000
 12 – Audiovisual (filmes) 4.000.000.000
 13 – Perfumes importados 1.350.000.000
 14 – PCs 1.150.000.000
 15 – Brinquedos 677.664.000

Cigarro é o produto mais apreendido

O contrabando de cigarros segue como uma das atividades mais rentáveis aos criminosos e ainda apresenta baixo risco e penas leves. Em 2024, a Polícia Rodoviária Federal apreendeu 59 milhões de maços ilegais em todo o país. O item é o mais confiscado pela Receita Federal. Isso indica que, apesar dos esforços de fiscalização, o crime organizado segue dominando esse mercado, oferecendo um produto sem nenhum controle sanitário, enquanto dribla a arrecadação tributária. Apenas em 2024, segundo dados do IPEC, as facções criminosas movimentaram cerca de R$ 9 bilhões com a venda de cigarros ilegais, causando um prejuízo de R$ 7,2 bilhões em evasão fiscal.

Como é a metodologia da pesquisa?

Os dados são fornecidos pelos próprios setores afetados, que realizam suas pesquisas e estimam o impacto da ilegalidade em suas áreas. Essas informações refletem a realidade das perdas enfrentadas por cada segmento.

Já o cálculo da sonegação fiscal é feito com base na média do percentual tributário incidente sobre esses mercados, de 46%. Esse índice permite estimar quanto o país deixa de arrecadar em impostos devido à atuação do mercado ilegal. O Fórum faz esse levantamento junto aos setores desde 2014.

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