O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apresentou na manhã desta segunda-feira (28) o requerimento para a prorrogação por 90 dias dos trabalhos da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) no Senado que apura as ações do Governo Federal no enfrentamento da pandemia da Covid-19 no Brasil.
Segundo a justificativa do requerimento, a suspeita de irregularidade na compra da vacina Covaxin deve ser apurada. “Depoentes apontaram que até o Presidente da República foi alertado das irregularidades e, ao invés de apurá-las, as creditou ao próprio líder do Governo da Câmara dos Deputados. É um escândalo que precisa ser apurado com a gravidade correspondente“, diz o senador no requerimento.
Complementa que “servidores sofreram pressões não republicanas para flexibilizar a importação da Covaxin“. As suspeitas de irregularidades foram apresentadas pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF) na CPI.
Jair Bolsonaro teria reconhecido a gravidade da suspeita e dito que “isso é coisa do” líder do Governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR),
Neste domingo (27), o líder do governo afirmou que “não há dados concretos ou mesmo acusações objetivas” sobre seu envolvimento na compra da Covaxin. O deputado voltou a negar ter participado da compra da vacina indiana. O líder do Governo disse ser “ainda impreciso” o diálogo relato por Luis Miranda, no qual Bolsonaro o teria citado.
Próximas etapas
O senador Humberto Costa (PT-PE) afirmou ao Poder360 que o próximo passo para a prorrogação da CPI é a reunião de 27 assinaturas de senadores que concordar com o documento. “Para prorrogar, não é uma simples assinatura da CPI”, disse.
Segundo o senador, os membros da CPI já discutiam na última semana sobre essa possibilidade de prorrogação.