A rainha Elizabeth II, monarca mais longeva da Inglaterra morreu nesta última quinta-feira (8) aos 96 anos no Palácio de Balmoral, na Escócia. Apesar da idade avançada e dos problemas de mobilidade que vinha enfrentando nos últimos anos, Elizabeth era vista com frequência dirigindo.
Ao longo de sete décadas de reinado, a rainha Elizabeth II, viveu grandes momentos na vida. Por onde passava, a monarca atraia os olhares do público e da imprensa. Considerada uma das mulheres mais poderosas do mundo, ela desfrutou de várias regalias que um mero mortal jamais poderia. E uma delas era dirigir sem carteira de motorista.
No Brasil e em outros lugares do planeta, comandar o volante de um automóvel pelas estradas requer uma habilitação. No Reino Unido, não há diferença na regra, mas existe uma exceção, no caso, era a da monarca. Ela tinha autorização para poder conduzir um veículo sem o documento de habilitação. A alteza era a única pessoa no país a desfrutar do privilégio. Inclusive, a soberana britânica foi flagrada dirigindo um Jaguar aos 95 anos.
Ela nunca precisou do documento, pois as carteiras eram emitidas em seu próprio nome. Para tal feito, a rainha foi treinada como motorista e mecânica pelo exército britânico durante a Segunda Guerra Mundial. Além disso, os seus carros não tinham placas.
O jornal Daily Star informou que a monarca era fã de automóveis e teria possuído ao longo da vida cerca de 30 Land Rovers. A coleção – avaliada em 10 milhões de libras (R$ 60 milhões na cotação atual) – contava com carros nacionais como Bentley, Jaguar Land Rover e Rolls-Royce.
Rainha Elizabeth II era fã de carros e foi vista dirigindo poucos meses antes de sua morte
Em abril, conforme a revista Motor Show, quando completou 96 anos, Elizabeth foi fotografada ao volante de um Land Rover Range Rover 2001 personalizado com uma estatueta de um labrador com um faisão na boca no meio do capô. Vale lembrar que a rainha era apaixonada por cães e caça.
Com a idade avançada, os trajetos feitos por Elizabeth ao volante eram cada vez menores, quase sempre dentro das propriedades da família real. O registro desse último passeio, por exemplo, foi feito nos arredores de sua casa de campo em Sandringham, no condado de Norfolk (interior da Inglaterra).
Rainha Elizabeth 2ª pilotando seu Land Rover Defender em 2004 ) — Foto: Foto: Carl De Souza/Getty Images
O gosto por carros, porém, era bem mais antigo do que o Range Rover 2001. E a Land Rover era uma das principais fornecedoras de veículos para a casa de Windsor.
Entre os carros que compõem a frota real estão um Defender 2002, equipado com motor 4.2 V8 a diesel de 120 cv e um Range Rover LWB Landaulet personalizado, com motorização híbrida de 335 cv, feito em 2015.
Rainha Elizabeth dirigindo um carro da família real em 1973 — Foto: Getty Images
A coleção real ainda traz um Daimler Double Six de 1984, um Jaguar Daimler V8 Super LWB de 2001, um Aston Martin DB6 Volante de 1965 e um Bentley State Limousine 2002 – este último, antes usado em eventos oficiais e ser equipado com alta tecnologia de segurança, é avaliado em 10 milhões de libras (mais de R$ 60 milhões).
Rainha Elizabeth vista ao volante de um Land Rover Defender — Foto: Getty Images
Com a morte de Elizabeth II, um extenso protocolo real deve ser seguido nos próximos dias, incluindo o translado do corpo da rainha da Escócia, onde morreu, até Londres. Parte do trajeto deve ser feito de trem. Já na Inglaterra, alguns deslocamentos acontecem em uma carruagem e o trajeto final, já em Londres, será feito em um carro funerário.
Quando o príncipe Philip, marido de Elizabeth morreu, em abril do ano passado, o corpo foi transportado em um Land Rover 130 modificado especialmente para a ocasião. O veículo foi escolhido pelo próprio Duque de Edimburgo antes de sua morte. Espera-se que o protocolo para a rainha seja bastante diferente e mais complexo.
Príncipe Philip e Land Rover — Foto: Getty Images