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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (1º) que pretende escolher “alguém que não faça denúncia falsa” para suceder a Augusto Aras, o procurador-geral da República cujo mandato se encerra em setembro.
No programa semanal “Conversa com o Presidente”, transmitido via internet, Lula disse ter perdido a confiança no Ministério Público depois da atuação do órgão na Lava-Jato, que acabou o levando à prisão.
“Quero conversar com muita gente, ouvi muita gente porque eu acho que as pessoas precisam aprender a fazer bem para este país”, disse Lula.
“Eu sempre tive o mais profundo respeito pelo Ministério Público. É uma das instituições que eu mais admirava no país. Depois dessa quadrilha que o Dallagnol montou, eu perdi muito a confiança.”
De acordo com o presidente, o grupo de Deltan Dallagnol era um “bando de aloprados que achava que podia tomar o poder atacando todo mundo ao mesmo tempo”. “Obviamente eu vou escolher alguém com mais critério, com mais pente-fino para não cometer um erro”, disse Lula.
Dallagnol foi coordenador da força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba e trabalhou em conjunto com o então juiz federal Sergio Moro em ações que resultaram na prisão de Lula.
Posteriormente, Moro foi declarado um juiz parcial pelo Supremo Tribunal Federal, e, por isso, incapaz de julgar Lula. Com isso, os processos envolvendo o presidente voltaram ao começo.
Dallagnol e Moro deixaram seus cargos na Justiça para entrar para a política. Moro hoje é senador. Dallagnol elegeu-se deputado federal, mas teve o mandato cassado.
