O homem preso pelas autoridades argentinas pelo atentado contra a vice-presidente argentina Cristina Kirchner se chama Fernando Andrés Sabag Montiel. O brasileiro de 35 anos, nascido em São Paulo, reside no país vizinho desde 1993 e tem registro para trabalhar como motorista de aplicativo, segundo informou o ministro de Segurança, Aníbal Fernández.
Ainda não se sabe o que motivou Fernando Andrés Sabag Montiel se infiltrar em meio à multidão de apoiadores em frente à casa de Cristina Kirchner, no bairro da Recoleta, em Buenos Aires, e tentar atirar contra a política. A arma, carregada com cinco projéteis, falhou no momento do disparo.
Assista ao vídeo:
El video del arma contra @CFKArgentina pic.twitter.com/8j1xpMnPoe
— Lautaro Maislin (@LautaroMaislin) September 2, 2022
Segundo o jornal argentino Clarín, o brasileiro foi atuado por contravenção em 2021, portando uma faca de 35 centímetros em seu veículo sem placa. Na época, ele afirmou para os policiais que a placa caiu após um acidente de trânsito e a faca era para sua defesa pessoal.
Fernando se identificava em seus perfis nas redes sociais como Salim, onde ele gostava de exibir suas várias tatuagens, entre elas um Sol Negro. O símbolo era usado por povos nórdicos antigos e celtas, mas na cultura atual é associado ao nazismo.
A ex-presidente e atual vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, voltou ao noticiário
internacional nos últimos dias após o Ministério Público do país pedir 12 anos de prisão à
política por suposta corrupção.
Cristina teria cometido irregularidades na concessão de 51 contratos de obras públicas na província de Santa Cruz a companhias pertencentes ao empresário Lázaro Báez durante os mandatos de 2007 a 2015 e do marido e antecessor dela na Presidência, Néstor Kirchner, mandatário entre 2003 e 2007.
Todavia, esse não é o primeiro processo a que Cristina responde na Justiça da Argentina. No total, são 12 ações em que a atual vice-presidente é ré, dos quais nove estão sendo julgados ou estão suspensos.