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quinta-feira 2 de fevereiro de 2023 às 08:43h

Quem é Marcos do Val, que renunciou ao mandato acusando Bolsonaro de pressão por golpe

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O senador Marcos Do Val, (Podemos-ES), que publicou em sua conta do Instagram, nesta quinta-feira (2) um comunicado dizendo que vai apresentar sua renúncia nos próximos dias e sairá definitivamente da política, foi eleito senador pelo Estado do Espírito Santo nas eleições de 2018.

Em seu mandato, o senador ocupou cargos na Mesa Diretora do Senado, como 1º suplente de secretário, e também em comissões permanente, sendo vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional.

Dentre suas atuações como parlamentar, Do Val faz parte da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e da Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC), onde ocupa o cargo de vice-presidente.

Em uma entrevista concedida ao Estadão em julho do ano passado, o parlamentar afirmou ter recebido emenda do orçamento secreto em troca do voto à Pacheco para eleição na presidência do Senado, em 2021. Na época, Do Val afirmou que os recursos seriam uma forma de “gratidão” pelo apoio e declarou ter sido informado sobre a verba por Davi Alcolumbre (União-AP), articulador da campanha de Pacheco ao comando do Senado, após o resultado da disputa.

“Eu não sei qual é a conversa que ele teve em valores com os outros. Para mim, quem me ligou dizendo foi até o Davi (Alcolumbre), não foi nem o Rodrigo. E aí com o Davi que eu perguntei. Eu achei até muito para eu encaminhar para o Estado (Espírito Santo), mas como (é) questão de saúde, eu não vou negar. Eu perguntei: “Mas teve algum critério?” Ele só falou: “Aquele critério que o Rodrigo falou para vocês lá no início”. “Ah, tá, entendi.” Mas ele falou: “Só que o Rodrigo te colocou no critério como se você fosse um líder pela gratidão de você ter ajudado a campanha dele a presidente do Senado”. Eu falei: “Poxa, obrigado, não vou negar e vou indicar”, disse.

Após a publicação da entrevista, o senador divulgou uma nota na qual afirmou ter sido “mal interpretado”. O senador destacou, ainda, que todo recurso recebido foi destinado ao Espírito Santo. “Pelo desculpas por eventual mal entendido”, escreveu.

Horas antes de divulgar o comunicado em que comunicou que entregaria seu pedido de renúncia nos próximos dias, o senador participou de uma live nas redes sociais, na qual afirmou ter sofrido coação do ex-presidente Jair Bolsonaro para apoiar um golpe de Estado. Na live, o senador não especificou quando e onde este pedido foi feito. Ele também disse ter denunciado o caso.

“Eu ficava p… quando me chamavam de bolsonarista. ‘Ah, o senador bolsonarista e tal’. Vocês esperem. Eu vou soltar uma bomba aqui para vocês: sexta-feira, vai sair na Veja, a tentativa do Bolsonaro, que me coagiu para que eu pudesse dar um golpe de Estado junto com ele. Só para vocês terem ideia. E é lógico que eu denunciei”, disse o senador.

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