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Gleide é tesoureira do PT — Foto: Reprodução
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quarta-feira 21 de junho de 2023 às 10:50h

Quem é a tesoureira do PT que terá salário de R$ 37 mil em Itaipu

NOTÍCIAS, POLÍTICA


Indicada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ocupar o cargo de conselheira da Usina Itaipu Binacional — como revelou o colunista Lauro Jardim, do Globo —, Gleide Andrade de Oliveira percorreu uma longa trajetória junto à militância petista até chegar à Secretaria Nacional de Finanças e Planejamento do PT, atuando como uma espécie de tesoureira do partido. Já neste posto, ela chegou a enfrentar desavenças com a presidente nacional da legenda, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR).

Graduada em Filosofia pela PUC de Minas Gerais, Gleide Andrade ingressou nas fileiras do PT em 1986, nos primeiros anos de existência da sigla. Ela atuou como coordenadora nacional da Campanha pela Reforma Política promovida pelo partido, além de ter exercido o papel de tesoureira do diretório estadual da legenda em Minas Gerais.

Hoje secretária nacional de Finanças e Planejamento, Gleide ocupa a mesma cadeira que já foi de Delúbio Soares, condenado por corrupção ativa no esquema do mensalão e expulso do partido, e João Vaccari Neto, preso em 2015 em desdobramento da operação Lava-Jato. No Executivo, ela ocupou cargos na administração da Prefeitura de Belo Horizonte nas gestões dos petistas Patrus Ananias (1993-1997) e Fernando Pimentel (2001-2009).

Gleide Andrade concorreu a deputada federal por Minas Gerais nas eleições do ano passado, mas não foi eleita, ficando apenas como suplente. Na ocasião, ela declarou um patrimônio de pouco mais de R$ 1 milhão ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), incluindo um apartamento na capital mineira e um carro avaliado em cerca de R$ 90 mil. Agora, no conselho de Itaipu, a petista receberá um salário de R$ 37 mil.

Gleide com a ex-presidente Dilma Rousseff — Foto: Reprodução/Instagram

Gleide com a ex-presidente Dilma Rousseff — Foto: Reprodução/Instagram

Embates e ‘bombeira’ no PT

Gleide foi alçada à cúpula nacional do partido em 2017, mesma época em que Gleisi ascendia ao comando da sigla. À época, além de ficar responsável pela Secretaria de Organização, ela tinha a função de tentar frear o esvaziamento da militância petista, muito importante para a legenda, como relatou a revista Veja.

Ao lado de Gleisi, a hoje tesoureira do partido moveu na Justiça de Minas Gerais, representando o PT, ações contra a privatização das estatais Centrais de Abastecimento de Minas Gerais S. A. (CeasaMinas) e Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). A agenda de privatizações e concessões é uma das bandeiras do governador Romeu Zema (Novo) no estado.

No entanto, as duas lideranças petistas já passaram por embates envolvendo os repasses de recursos para candidaturas às eleições de 2022. A discussão entre as duas dirigentes começou em função da distribuição de verba de campanha a nomes pretos e pardos. Os atritos giraram em torno de quem daria a palavra final na forma de usar o dinheiro disponível — tanto a presidente do PT quanto a tesoureira reivindicavam o direito à indicação.

Em abril deste ano, a tesoureira do PT também atacou o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), aliado próximo do Palácio do Planalto no parlamento e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo. Em uma rede social, Gleide acusou Boulos de “vexame” por “tentar explicar o inexplicável”, fazendo referência a um encontro entre o psolista e o ex-apresentador José Luiz Datena, filiado ao PDT. Durante o ano passado, Datena chegou a se aproximar do ex-presidente Jair Bolsonaro.

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