A deputada federal Flordelis dos Santos (PSD) fez uma postagem em suas redes sociais, no início da tarde desta última terça-feira (12), defendendo a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional que trata da possibilidade de prisão após condenação em segunda instância. O projeto está sendo debatido na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa nesta terça-feira. A parlamentar está sendo investigada pela Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo por suspeita de envolvimento na morte do marido, o pastor Anderson do Carmo.
“Participo neste momento da reunião na CCJ onde é debatido a PEC 410/2018 da Prisão em 2ª instância sou favorável a PEC pois o objetivo dela é destacamente impedir que a impunidade se perpetue no Estado. Quem comete crime deve ser exemplarmente punido”, escreveu Flordelis em suas contas no Facebook e Instagram. A também pastora foi eleita deputada federal no ano passado com quase 200 mil votos.
Flordelis costuma compartilhar detalhes de sua rotina em Brasília em suas redes sociais. Em sua página no Facebook, ela posta vídeos dos discursos nas comissões das quais faz parte. Há cerca de duas semanas, a deputada postou fotos de reuniões realizadas em seu gabinete no Centro do Rio nas quais foram discutidas candidaturas municipais para as eleições de 2020.
Dois filhos da deputada – Lucas Cézar dos Santos e Flávio dos Santos Rodrigues – estão presos acusados de envolvimento no assassinato de Anderson. Eles já viraram réus em processo na 3ª Vara Criminal de Niterói, mas a DH continua apurando a participação de outras pessoas no caso. Além do crime em si, Flordelis também vem sendo investigada por suspeita de ter fraudado uma carta na qual Lucas mudou sua versão sobre o assassinato de Anderson e confessou o crime.
Em seu interrogatório na Justiça, no dia 1º, Lucas admitiu que não foi o autor da correspondência. O rapaz afirmou ter copiado um texto já pronto, entregue a ele por seu irmão, Flávio dos Santo Rodrigues, e pelo ex-PM Marcos Siqueira da Costa. Os três estavam presos na Penitenciária Bandeira Stampa, conhecida como Bangu 9. Lucas e Flávio´, que também é réu pela morte do pastor, dividiam a mesma cela.
Com as declarações de Lucas, a juíza determinou que sejam investigados crimes envolvendo a confecção da carta. A Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo já vinha apurando as circunstâncias em que a correspondência foi escrita. Ao apreender o telefone celular de Flordelis e de duas netas, no dia 17 de setembro, a polícia encontrou indícios de que o documento pode ter sido fraudado.