Fabrício Queiroz foi visto na sacada de seu apartamento, no Rio de Janeiro, pela primeira vez após deixar a prisão. Ele está em prisão domiciliar com sua mulher, Márcia Aguiar, após decisão do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha.
Sua mulher, no entanto, segundo o site 247, ainda não passou pela Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP) para colocar sua tornozeleira eletrônica e, portanto, está sem monitoramento. Ela estava foragida desde que seu marido foi preso.
As decisões de Noronha vinham sendo favoráveis ao governo. Segundo levantamento feito recentemente pelo jornal O Estado de S.Paulo, ele atendeu a 87,5% dos pedidos que chegaram ao tribunal que beneficiaram o presidente.
O habeas corpus de Queiroz foi encaminhado ao STJ por decisão da desembargadora Suimei Cavalieri, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Ela foi voto vencido ao decidir pela manutenção do Caso Queiroz na primeira instância, entendendo que Flávio Bolsonaro não tinha direito a foro especial na segunda instância por ser deputado estadual na época em que os crimes teriam sido praticados.
No pedido para ir para a prisão domiciliar, a defesa de Queiroz alegou que ele fazia parte do grupo de risco de infecção do coronavírus. Ele tem 55 anos e estava preso em Bangu 8, no Rio. Antes de soltar Queiroz, o presidente do STJ negou sete pedidos de presos que alegaram risco de coronavírus.
Queiroz é investigado em processo que atinge o senador Flávio Bolsonaro, em caso que apura um esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) da época de quando era deputado estadual. Queiroz era assessor do parlamentar e atuava como operador financeiro.