A despencada de Lula apontada pelo Datafolha animou a oposição e deve turbinar uma série de atos que já estavam marcados para 16 de março em diversas cidades.
O mote, segundo a coluna de Fábio Zanini, na Folha de S. Paulo, será mais a economia do que a denúncia do Supremo Tribunal Federal (STF) ou a censura de redes sociais.
“O Lula está derretendo, reflexo da indignação das pessoas. Os partidos de centro já começaram a pular fora. Se caminhar desse jeito, o fim vai ser igual ao da Dilma [Rousseff]”, diz o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), cujo vídeo apontando suposta ameaça contra o Pix ajudou a desgastar o presidente.
O ato deverá pedir o impeachment de Lula, embora ninguém leve esse cenário a sério no momento.
Presidente do Progressistas, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) é outro que vê um processo de “dilmização” de Lula.
“Eu antigamente achava difícil que ele chegasse no ponto da Dilma, já que o Lula é um monstro político. Mas caminha a passos largos para isso”, afirma. “Está completamente blindado, longe das pessoas, longe da realidade”.
Nogueira diz que, em breve, partidos aliados não vão querer mais ter ministros no governo. “Tem muita gente me procurando do partido para a gente devolver o nosso ministério, quanto mais querer outro. Estou planejando reunir o partido para decidir isso”, afirma.
O PP tem o ministro do Esporte, André Fufuca, e há possibilidade de uma pasta para acomodar o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL).