Eduardo Cunha dividiu com o PTB, seu partido, uma projeção segundo a coluna de Lauro Jardim, para o desempenho da própria candidatura a deputado em São Paulo, permitida desde ontem após a Justiça Federal restabelecer seus direitos políticos. O ex-presidente da Câmara acredita que, em sua primeira aventura pelas urnas paulistas, terá cerca de 150 mil votos.
A marca é 35% menor que os 232,7 mil votos conquistados no Rio de Janeiro em 2014, dois anos antes de ter o mandato cassado em meio à Lava-Jato.
No partido de Roberto Jefferson, interlocutores de Cunha acreditam que o cálculo é conservador. Esperam que ele garanta a própria cadeira e, portanto, arregimente por volta de 300 mil eleitores.
Os dirigentes apostam no sucesso de uma campanha voltada para os ativos que enxergam em Cunha, como a atuação pelo impeachment de Dilma Rousseff e na contramão de pautas caras à esquerda, como a legalização do aborto e a mudança na maioridade penal. E pensam que Cunha só não embarca na expectativa superpositiva porque prefere “trabalhar quieto”.
A primeira dificuldade, avaliam os correligionários, o político venceu sozinho: driblar o Judiciário para poder se candidatar.