O governo de Jair Bolsonaro terá mais ministros com formação militar no primeiro escalão do que a gestão do general Castelo Branco (1964-1967), que abriu o ciclo de militares no poder após o golpe de 1964, segundo levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Comparado com os governos militares seguintes, o ministério de Bolsonaro está no mesmo patamar da equipe do general Emilio Garrastazu Médici, que tinha sete militares no primeiro escalão, porém numericamente abaixo dos ministérios de Ernesto Geisel (dez ministros militares), Artur da Costa e Silva e João Baptista Figueiredo, ambos com nove.
O cenário do presidente eleito se diferencia dos anteriores pela redução dos ministérios propriamente militares desde 1999. A antiga Casa Militar e o Serviço Nacional de Informações (SNI) foram extintos para dar lugar ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Em seguida, os ministérios do Exército, da Marinha e da Aeronáutica deram espaço para o Ministério da Defesa, que incorporou ainda o Estado-Maior das Forças Armadas (Emfa).