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domingo 3 de março de 2019 às 18:39h

Quando os trios passaram a ser vistoriados no Carnaval de Salvador

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Há exatos 32 anos, em três de março de 1987, uma terça de Carnaval conforme publicou Levi Vasconcelos em sua coluna no jornal A Tarde.

Levi lembrou neste domingo que o trio do bloco Comanches perdeu freio quando subia a Rua Chile, desceu de ré e causou a maior tragédia da folia em Salvador: sete mortos e 25 feridos.

Em 1989, o radialista Cristóvão Rodrigues, que cobriu a tragédia para a TV Itapoan e a Rádio Sociedade, assumiu a coordenação do Carnaval e baixou a determinação: todo trio teria que passar por uma vistoria.

O primeiro barrado foi o de Ricardo Chaves, um velho amigo, de quem ele produziu o primeiro disco. Conversa vai e vem, determinação cumprida.

A folia seguiu, mas como lembrou Levi, veio a notícia: tinha um trio sem vistoria desfilando. Foi ver, era ninguém menos que Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, visitante ilustre.

Cristóvão coçou a cabeça, apostou na sorte, deixou rolar, acertou.

O trio de Gonzaga nada teve. O do amigo Ricardo Chaves, mesmo vistoriado, adernou ainda na Vitória.

“Bendita mistura. O axé do forró foi mais forte que o do axé music”, disse radialista Cristovão aliviado.

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