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domingo 5 de julho de 2020 às 11:39h

“Qualquer nome (para MEC) que não venha dos olavistas é um avanço”, diz deputado

POLÍTICA


O deputado Professor Israel Batista (PV-DF), secretário-geral da Frente Parlamentar Mista da Educação, avalia que qualquer um dos cotados que assuma o Ministério da Educação, que não venha da ala olavista do governo, representará um avanço em relação à gestão de Abraham Weintraub.

Para o parlamentar, conforme o Congresso em Foco, a guerra cultural patrocinada pelos apoiadores do presidente ligados a Olavo de Carvalho, que foi adotada pela gestão de Weintraub, é paralisante para a educação.

“O Ministério não tem entrega de serviço: no meio da pandemia, com escolas fechadas, o ministro Weintraub mandou avisar que tiraria o busto do Paulo Freire do Ministério. Como é que você prospera num ambiente árido como este? Eles criavam moinhos de vento e desembainhavam a espada”, afirmou.

Segundo o deputado, essa avaliação de que a gestão da ala ideológica à frente do MEC foi danosa para o Ministério é um ponto comum entre parlamentares da Frente da Educação, que reúne deputados e senadores de diversas matizes políticas.

Weintraub, diz o deputado, imprimiu ao Ministério algumas características de sua personalidade, o que deixou a pasta “confusa e conflitante”. Segundo Israel, a gestão foi marcada por disputas e desentendimentos entre secretarias internas, o que despertou no corpo técnico o desejo que o trabalho volte a uma normalidade.

Israel Batista fez uma análise dos nomes que estão na disputa pelo comando do Ministério. Segundo ele, Renato Feder, cuja nomeação chegou a ser dada como certa na manhã sexta-feira (3), agora enfrenta dificuldades que vêm da oposição das bases ideológica e evangélica do governo e de uma postura de caça às bruxas do Planalto, que costuma ser intolerante com que não estiver completamente alinhado com o presidente. Nesse ponto, o temor é que a relação de Feder com João Doria possa dar força ao governador de São Paulo, adversário da família Bolsonaro.

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