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Na tentativa de obter um número maior de ministérios, partidos como o PSB e MDB tentam fazer com que Lula assuma alguns nomes como sua “cota pessoal” na Esplanada. Integrantes da transição ligados ao petista contabilizam hoje quatro pastas que terão esse perfil.
Um dos ministérios seria a Secretaria-Geral da Presidência, que hoje tem o advogado Marco Aurélio Carvalho como nome mais cotado. Com a decisão de Lula de manter Gleisi Hoffmann na presidência do PT, movimentos sociais passaram a mostrar simpatia pela escolha de Carvalho, que também tem apoio de nomes do partido, como o ex-presidente da sigla e deputado federal Rui Falcão e de integrantes do mercado financeiro, como Ricardo Lacerda, fundador do BR Partners Banco de Investimentos.
— Marco Aurélio tem relações com pessoas desde o MST à Faria Lima, do Capão Redondo ao Congresso e tribunais superiores. Se eu fosse consultado pelo Lula, é quem que eu apoiaria — disse Rui Falcão à coluna de Bela Megale, do O Globo.
Há, no entanto, a articulação de uma ala do PT para que Gleisi indique o deputado federal Paulo Teixeira para a Secretaria-Geral. O partido irá apresentar, nos próximos dias, nomes e espaços que gostaria de ocupar no governo eleito. Outro cotado que tem a confiança de Lula e está no páreo é o deputado estadual Emídio de Souza.
A Advocacia-Geral da União (AGU) é mais um ministério apontado como da “cota pessoal” de Lula, por tratar de temas de interesse direto da Presidência. Hoje, o nome mais forte é Jorge Messias, procurador da Fazenda e ex-assessor de Dilma Rousseff.
Membros do núcleo duro da transição avaliam que, se Lula bater o martelo na escolha do senador Flávio Dino, do PSB, para a Justiça, e de Fernando Haddad para a Fazenda, esses dois nomes também serão encarados como de sua “cota pessoal”.
