O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou na sexta-feira (17) o relatório Perspectiva Econômica Mundial (WEO, na sigla em inglês). No documento, a instituição aponta que a Índia deve ter o maior crescimento econômico do mundo no acumulado do ano de 2025, com alta de 6,5% no Produto Interno Bruto (PIB).
A projeção supera com folga a expectativa para o PIB global no ano de 2025, que é de 3,3%.
Logo em seguida no ranking de economias que mais vão crescer em 2025, segundo o FMI, aparecem Filipinas, com 6,1%, Cazaquistão com 5,5% e Argentina com 5%.
Na lista, o Brasil está na 18ª posição, com um crescimento de 2,2% do PIB para 2025.
A projeção para o crescimento econômico global é de 3,3% em 2025 e 2026, abaixo da média histórica (2000–19) de 3,7% – cenário que o FMI considera ‘divergente e incerto’.
Somente em março o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará os números do ano fechado de 2024.
O dado mais recente sobre o crescimento econômico brasileiro foi divulgado pela instituição em dezembro, mostrando um crescimento de 0,9% do PIB no terceiro trimestre de 2024 – acima das projeções do consenso, que miravam 0,8%.
A projeção do FMI para o PIB do Brasil em 2024 é de 3,7%, ante estimativa de 3% do último relatório, em outubro. A previsão é melhor do que a do próprio governo, que em novembro projetou avanço de 3,3% do PIB em 2024, e também fica acima da estimativa do Banco Central, de 3,5%.
Já a maior economia do mundo, os Estados Unidos, ficam na 16ª posição, com um crescimento de 2,7%.
- Índia: 6,5%
- Filipinas: 6,1%
- Cazaquistão: 5,5%
- Argentina: 5,0%
- Indonésia: 5,1%
- China: 4,6%
- Malásia: 4,7%
- Egito: 3,6%
- Polônia: 3,5%
- Arábia Saudita: 3,3%
- Nigéria: 3,2%
- Irã: 3,1%
- Paquistão: 3,0%
- Tailândia: 2,9%
- Estados Unidos: 2,7%
- Turquia: 2,6%
- Brasil: 2,2%
- Austrália: 2,1%
- Coreia do Sul: 2,0%
- Canadá: 2,0%
- Espanha: 2,3%
- Reino Unido: 1,6%
- Holanda: 1,6%
- África do Sul: 1,5%
- Rússia: 1,4%
- México: 1,4%
- Japão: 1,1%
- França: 0,8%
- Itália: 0,7%
- Alemanha: 0,3%
FMI cita “bolsões de inflação” que afetam América Latina
Ainda no relatório, o fundo aponta que há ‘bolsões’ de inflação elevada, refletindo uma série de fatores idiossincráticos – cenário que persiste em algumas economias de emergentes, incluindo Europa e América Latina.
“A desinflação global continua, mas há sinais de que o progresso está estagnando em alguns países e que a inflação elevada é persistente em alguns casos. A mediana global da inflação central sequencial está apenas um pouco acima de 2% nos últimos meses. O crescimento nominal dos salários está mostrando sinais de moderação, juntamente com indicações de normalização contínua nos mercados de trabalho”, diz a instituição.
“Embora a inflação dos preços dos bens essenciais tenha caído para ou abaixo da tendência, a inflação dos preços dos serviços ainda está acima das médias pré-COVID-19 em muitas economias, principalmente nos Estados Unidos e na área do euro”, completa.