O presidente do PV, José Luiz Penna, foi reeleito para comandar o partido no último sábado (11). Penna dirige o PV desde 1999 e tem sido criticado internamente por falta de transparência nas decisões. Integrantes da chapa de oposição, liderada pelo ex-ministro do Meio Ambiente Edson Duarte, disseram que a convenção foi marcada por atropelos e irregularidades para manter o atual presidente no cargo.
A oposição conseguiu impugnar alguns nomes que constavam da lista de votação, mas, mesmo assim, Penna venceu. Ele nega as acusações.
A chapa do presidente do PV recebeu 82 votos e, com isso, obteve maioria na composição do Diretório Nacional. A de Duarte ficou com 51 votos. Como mostrou a Coluna do Estadão, políticos “verdes” afirmavam há algum tempo que o presidente do partido queria se reeleger novamente sem passar por convenção, o que costumava ser praxe. Desta vez, porém, a atitude provocou revolta pelo desgaste que ele vinha sofrendo.
Em 6 de dezembro do ano passado, integrantes da Executiva do PV chamaram uma reunião às pressas, à qual Penna não compareceu, e convocaram a convenção para este mês. Aliados do dirigente dizem que o grupo de oposição é “pequeno, mas ruidoso”.
O PV vem perdendo força política nos últimos anos e precisou fazer uma federação com o PT e o PCdoB para sobreviver. Os insatisfeitos com Penna, que é ex-deputado federal, fazem uma avaliação de que a sigla deixou passar oportunidades de crescer, já que a pauta ambiental, justamente a maior bandeira do partido, está em alta nas discussões do País.