Presidente do PV na Bahia, Ivanilson Gomes declarou ao jornal Tribuna, que haverá uma mudança de cenário eleitoral se o senador Otto Alencar (PSD) for o candidato a governador da base petista. Gomes declarou que, se o senador Jaques Wagner (PT) fosse o postulante ao Palácio de Ondina, o PV “obrigatoriamente” iria apoiá-lo, mas não há essa imposição no caso de Otto Alencar.
Ivanilson lembra que o PV deve integrar a federação com PT, PSB e PCdoB. A federação obriga que os partidos coligados nacionalmente também façam a aliança em âmbito estadual. “Se o Otto for o candidato, muda muita coisa, porque Otto não está nesses partidos que vão fazer a federação. Se não está federado, é um outro partido. A discussão é outra. Se fosse um candidato do PT, seria uma obrigação de todos os partidos da federação apoiar o candidato. Não sendo do PT, a discussão é outra”, declarou, em entrevista à reportagem.
Perguntado se irá romper com o prefeito soteropolitano Bruno Reis (União Brasil) se decidir apoiar o candidato do governo, Ivanilson afirmou que: “Fizemos aliança municipal e tem duração de quatro anos. Se por algum motivo tiver que tomar outro rumo em função da federação, vai caber ao prefeito. O PV está colaborando, mas a decisão de permanecer ou tirar vai caber ao prefeito”.
O PV comanda a Secretaria da Cidade Sustentável na gestão soteropolitana, com Edna de França. Além disso, tem o vereador André Fraga na Câmara Municipal. Ivanilson admitiu ainda que tem conversado com o deputado federal Bacelar e o ex-secretário estadual de Saúde, Fábio Vilas-Boas. Ambos podem ingressar no PV. O dirigente disse não ter resistência a filiar político com mandato. “Se ele é um deputado atuante e tiver uma identidade com a agenda ambiental, não temos problemas com isso. Agora, não tem nada de concreto”, falou. Vilas-Boas, além do PV, tem conversado com o PSB e o MDB.