A balança comercial registrou um superávit de US$ 71,3 bilhões de janeiro a setembro deste ano, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços nesta segunda-feira (2).
O resultado é de superávit quanto as exportações superam as importações. Quando acontece o contrário, o resultado é deficitário.
O valor representa um aumento de 50% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o saldo positivo somou US$ 47,41 bilhões.
De acordo com o MDIC, o superávit registrado no período também é o maior para os nove primeiros meses de um ano. A série histórica tem início em 1989.
Até então, o maior saldo positivo havia sido registrado em 2020 (+US$ 56,43 bilhões).
Governo eleva projeção de saldo
Com o superávit recorde até setembro, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços elevou sua projeção para o saldo positivo do ano de 2023 fechado, que passou de US$ 84,7 bilhões para US$ 93 bilhões.
Se confirmado, esse valor será um novo recorde histórico. Até então, o maior superávit anual já registrado foi em 2022, no valor de US$ 61,52 bilhões.
Exportações e importações
De acordo com dados oficiais, as exportações somaram US$ 253 bilhões no acumulado deste ano — aumento, pela média diária, de 0,4% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já as importações totalizaram US$ 181,7 bilhões — queda de 11,3%.
De janeiro a setembro deste ano, os principais produtos exportados foram:
- Soja: US$ 45,61 bilhões, com alta de 10,5% sobre o mesmo período do ano passado
- Óleos brutos de petróleo: US$ 29,68 bilhões, com queda de 2,2%
- Minério de ferro: US$ 21,64 bilhões, com queda de 5,4%
- Açucares e melaços: US$ 10,19 bilhões, com alta de 38,8%
- Farelos de soja: US$ 9,29 bilhões, com elevação de 9,1%.
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Mês de setembro
Somente no mês de setembro, ainda segundo o governo, a balança comercial registrou um saldo positivo de US$ 8,9 bilhões – valor que também é recorde para esse mês. Até então, o maior superávit para meses de setembro havia ocorrido em 2020 (+US$ 5,8 bilhões).
De acordo com dados oficiais, as exportações avançaram 4,4% na comparação com o mesmo mês de 2020, ao mesmo tempo em que as compras do exterior tiveram queda de 17,6% nesta comparação.