O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou na BBC News que, após a queda da União Soviética, se viu obrigado a dirigir um táxi para incrementar sua renda.
Putin, um ex-agente do antigo serviço de inteligência KGB, e que lamentou em outras ocasiões o fim da URSS, falou que a desintegração da potência comunista há três décadas continua sendo uma “tragédia” para “muitos cidadãos”.
Os comentários, difundidos pela agência estatal de notícias RIA Novosti neste domingo (12), são trechos de um novo documentário da emissora russa Piervy Kanal, intitulado “Rússia. História recente”.
“Depois de tudo, o que foi o colapso da União Soviética? Foi o colapso da Rússia histórica sob o nome da União Soviética”, afirmou o líder russo.
Leal servidor da antiga potência comunista, Putin ficou consternado quando houve o fim da URSS, um acontecimento classificado por ele como o “maior desastre geopolítico do século XX”.
Putin teme a expansão das ambiciones militares ocidentais para os países da antiga União Soviética e, inclusive pediu esta semana que a Otan retirasse formalmente a decisão tomada em 2008 de abrir suas portas para Geórgia e Ucrânia.
O fim da União Soviética coincidiu com um período de intensa instabilidade econômica que levou muito cidadãos à pobreza, enquanto a nova Rússia vivia a transição do comunismo para o capitalismo.
Ao citar fragmentos do documentário do Piervy Kanal, a RIA-Novosti assinalou que Putin revelou ter trabalhado ocasionalmente como taxista para ganhar um pouco mais de dinheiro naquela época. “Às vezes, tinha que fazer um dinheiro extra”, disse o presidente russo.
“Isso significa, ganhar dinheiro extra como motorista privado. Não é agradável falar disso, para ser honesto, mas infelizmente esse foi o caso.”