Em reunião de seu diretório nacional nesta segunda-feira (10), o PT decidiu segundo Fábio Zanini e Guilherme Seto, da coluna Painel, adiar a implementação de uma alteração feita em seu estatuto em 2011 que estabelecia um limite na quantidade sucessiva de mandatos de seus vereadores, deputados federais, estaduais e distritais e senadores.
A ideia da medida original, aprovada no 4º Congresso Nacional da legenda, era a de mostrar a importância da renovação e da rotatividade na política. No entanto, a avaliação atual dos dirigentes é a de que o partido não se preparou adequadamente para a implantação da regra.
A partir dela, vereadores e deputados só poderiam exercer três mandatos consecutivos pela legenda e senadores, dois.
O diretório nacional do PT decidiu, no entanto, que esse limite não valerá para as eleições de 2024 e 2026. Nas contas dos dirigentes, cerca de 600 dos 1.500 vereadores petistas ficariam impedidos de disputar a reeleição em 2024.
Esses políticos são valorizados por terem enfrentado as grandes crises do partido na última década, como a Lava Jato, e o momento é considerado inadequado para qualquer movimentação que possa fragilizar o partido, com a ascensão do bolsonarismo no Brasil.
A reunião do diretório nacional do PT também determinou nesta segunda-feira o adiamento dos PEDs (Processo de Eleição Interna) municipais, assim como já havia feito com as disputas nacionais e estaduais, garantindo, então, a continuidade dos atuais dirigentes da sigla até 2025.