Segundo fontes do partido, a decisão não fecha a porta para uma composição futura com o bloco liderado por Maia, que ainda não conseguiu consenso para lançar um nome. O preferido do atual presidente, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), enfrenta dificuldades por não ter nem sequer o apoio de seu partido, fechado com Lira.
A conversa com os demais partidos de oposição está sendo conduzida pelos presidentes das legendas. Caso não consiga viabilizar a unidade da esquerda, setores do PT defendem que estes partidos apresentem, em bloco, um nome para o grupo de Maia. Siglas como PDT e PC do B já têm acenado em direção a Maia.
O PT não comporá bloco para a mesa da Câmara com candidatura apoiada por Bolsonaro. Junto com a oposição construirá alternativa de bloco em defesa da democracia e uma candidatura que represente e debata um programa e uma agenda para derrotar Bolsonaro e tirar o país da crise
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) December 17, 2020
O objetivo é apresentar uma pauta mínima que garanta compromissos com o respeito ao critério da proporcionalidade na escolha dos cargos na mesa diretora e nas comissões, impeça retrocessos nas áreas dos direitos civis e políticos, barre a privatização de estatais como Petrobrás, Eletrobrás e Correios e a ainda a autonomia do Banco Central.
Decisão da bancada do PT: o PT não comporá bloco com candidato apoiado por Bolsonaro. Buscará apresentar uma candidatura em diálogo com os demais partidos de oposição. Apresentará uma pauta que tire o país do retrocesso que Bolsonaro está nos levando.
— Paulo Teixeira (@pauloteixeira13) December 17, 2020
“Decisão da bancada do PT: o PT não comporá bloco com candidato apoiado por Bolsonaro. Buscará apresentar uma candidatura em diálogo com os demais partidos de oposição. Apresentará uma pauta que tire o país do retrocesso que Bolsonaro está nos levando”, escreveu o deputado Paulo Teixeira (PT-SP).
Com a decisão de ontem, o PT tenta impedir o crescimento da ala que defendia apoio à candidatura de Arthur Lira. O partido conta com 54 deputados – um a mais que o PSL. Ao menos um dos partidos da oposição, no entanto, o PSOL, também fala em lançar candidatura própria.