Os economistas André Lara Resende e Pérsio Arida, conhecidos como “pais do Plano Real”, ficaram de fora das negociações da PEC da Gastança. O texto foi entregue ao Senado pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB-SP), na última quarta-feira (16) e prevê mais de R$ 200 bilhões em gastos públicos. Durante a campanha eleitoral, Resende e Arida apoiaram a candidatura de Lula.
Conforme noticiou o jornal o Estado de S. Paulo nesta quinta-feira (17) o PT “aconselhou” os pais do Plano Real a afastarem-se das discussões. Incluem-se no grupo “rifado” os economistas Guilherme Mello, que trabalha para o PT, e Nelson Barbosa, ministro da Fazenda de Dilma Rousseff.
O senador eleito Wellington Dias (PT-PI), escolhido por Lula (PT) para cuidar da articulação política da PEC, admitiu que os economistas estão “apartados das conversas” sobre o assunto, mas minimizou a ausência deles no grupo. “A missão do grupo de trabalho da economia é mais abrangente”, disse.
Uma live estava marcada para ontem, antes da entrega da PEC ao Congresso, mas não ocorreu. Os quatro economistas não têm dado entrevistas sobre o assunto, tampouco participado das reuniões para debater o texto. As observações feitas por eles sobre a PEC não serão acatadas pelo PT.