Correligionários do PT afirmam que “Doria vem ocupando um espaço que não é dele”
Lula já vinha amadurecendo a ideia há algum tempo e decidiu que era hora de Fernando Haddad colocar o bloco na rua como pré-candidato em 2022. Um dos motivos, segundo lideranças da sigla, é que os espaços de oposição estariam sendo ocupados. Entre as figuras que mais vem incomodando os petistas conforme a coluna de Bela Megale, está o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que hoje desponta como o principal antagonista de Jair Bolsonaro. Correligionários do PT afirmam que “Doria vem ocupando um espaço que não é dele”.
Interlocutores de Lula afirmam que a indicação de Haddad como pré-candidato também tem o objetivo de antecipar a formação de alianças e candidaturas estaduais que priorizem o projeto nacional.
Quando são questionados sobre o que faz o PT avaliar que terá um desempenho melhor que em 2018 com Haddad, ainda mais agora que Bolsonaro tem a máquina na mão, caciques do partido afirmam, sem mostrar dados, que a sigla vive um momento melhor e que a rejeição diminuiu.
Não foi isso que a eleição de 2020 mostrou. O PT elegeu, no ano passado, o menor número de prefeituras de sua história. Integrantes da legenda dizem, porém, que a eleição municipal é diferente da nacional e se agarram na justificativa de que “Haddad é o melhor nome da esquerda”.