PT acha melhor empunhar logo a bandeira da pacificação antes que um nome do centro faça isso
Apresentar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como único político brasileiro com poder para conciliar o país, na tentativa de ocupar o quanto antes, segundo o jornal Correio, a lacuna de uma candidatura competitiva de centro, é a estratégia do PT para a próxima disputa presidencial, confirmaram cardeais da sigla na Bahia, em conversas reservadas.
Um sinal da tática, segundo petistas influentes afirmaram ao jornal, está em parte das postagens feitas pela tropa de Lula, anteontem, em homenagem aos seus 74 anos. Em uma delas, o senador Jaques Wagner diz, no Twitter, que a capacidade de Lula de “liderança, de estabelecer a paz e a conciliação é reconhecida mundialmente”.
O reposicionamento do ex-presidente, parecido com o “Lulinha paz e amor” de 2002, tem relação com pesquisas em que o PT detectou tendência de crescimento fora do espectro do bolsonarismo e do petismo. O cálculo é de que perderá quem apostar tudo na polarização e de que é melhor empunhar logo a bandeira da pacificação antes que um nome do centro faça isso.