O deputado federal Afonso Florence (PT), ex-líder do partido na Casa, diz que a sigla vai buscar ouvir todos os que se colocaram virtualmente em campanha, mas não descarta a possibilidade do PT ter o seu próprio representante.
Em entrevista ao site Bnews nesta segunda-feira (7), o parlamentar alegou que um fator determinante para que o PT possa apoiar um candidato, é a promessa de respeitar os “direitos regimentais”. Ele cita a condução de Rodrigo Maia (DEM), que na sua visão “rasgou” o regimento da Casa, cessando o “direito de obstrução” com o intuito de aprovar projetos do seu interesse.
“Provavelmente a posição do PT vai ser de ouvir todos os candidatos, apresentar o nosso programa. Mas tem um ponto que é muito importante, parece bobagem, mas é o regimento. Eduardo Cunha e Rodrigo Maia rasgaram o regimento da Casa […] para passar a Reforma da Previdência, atropelou a gente […] o regimento prevê a possibilidade da oposição obstruir, com Bolsonaro e Maia isso não aconteceu. Ele rasgou, e na pandemia está aprovando tudo”, disparou.
O petista assegura que a legenda avalia a possibilidade de lançar a única candidatura de “esquerda”. “Não está fora do radar”, diz. A resposta, contudo, pode demorar a sair, e, por enquanto, o deputado acredita ser “prematuro” ventilar possíveis nomes.
Florence adiantou que um tema que tratado com grande peso na decisão do PT, garante, será a posição da candidatura em relação à prorrogação do auxílio-emergencial em razão da pandemia de Covid-19, defendido amplamente pelo partido.