Com o compromisso de aumentar o número de mulheres participando da política e estimular a presença feminina nos espaços de poder, ainda majoritariamente ocupado por homens, o Partido dos Trabalhadores da Bahia, PCdoB, PSB, PV e Avante realizaram na noite do último sábado (13) a Plenária Estadual de Mulheres de Luta, que fez parte das ações do Dia Nacional da Campanha das Mulheres com Lula. A reunião em que também foram denunciados os vários tipos de violência contra a mulher – física, psicológica, política, misógina e racista, dentre outras -, contou com a participação de membros da Executiva Estadual e Municipal, deputadas e candidatas a deputadas, prefeitas, assim como também de movimentos sociais e a comunidade LGBTQIA+.
O encontro marca o calendário de mobilização de mulheres com o objetivo de mudar o Brasil, assolado por inúmeras crises sociais, econômica, política, crescimento do desemprego, da fome que atinge milhões de brasileiros, dos cortes que acabaram com importantes políticas públicas, os graves ataques à democracia brasileira por Jair Bolsonaro, além de eleger Jerônimo Rodrigues governador para a Bahia avançar cada vez mais. Vice-presidenta do PT Bahia, Luciana Mandelli falou sobre a desigualdade de oportunidades entre homens e mulheres na sociedade e na política, sendo que a maioria dos eleitores são mulheres.
Ao destacar o fim dos programas sociais e a utilização de programas eleitoreiros para angariar votos, a vice-presidenta fez um chamado às mulheres. “A gente se dá conta que é o momento em que as mulheres precisam tomar para si responsabilidade de dirigir uma campanha, de organizar as ações políticas e tomar consciência de que este ano é um ano que nós precisamos virar o jogo no parlamento, na Assembleia Legislativa. As mulheres precisam votar nas mulheres. Nós, 52% do eleitorado brasileiro, nós precisamos votar em mulheres, garantir que mulheres sejam eleitas para nos representar lá. Nada sobre nós sem nós”, ressaltou.
A dirigente petista afirmou ainda que a eleição de 2022 terá um forte componente feminino, o que fomenta ainda mais a participação das mulheres. “Nós mulheres vamos fazer um embate contra fome, a pobreza, as questões que assolaram cada vez mais as mulheres ainda mais durante a pandemia”, afirmou Luciana, ao reafirmar que nesse cenário Lula surge como a esperança para reconstruir o país. “Como o Brasil pode ser bom, pode ter futuro, pode ser acolhedor com as nossas famílias? E a gente sabe que quando tem um governo que olha para as mulheres, para as políticas públicas no sentido de melhorar nossa vida muitas coisas acontecem e fazem com que várias de nós subam as escadas e saíam puxando cada vez mais outras e outras pra gente ir empoderando e protegendo as mulheres”.
Coordenadora do projeto Mulheres de Luta, a prefeita Moema Gramacho destacou a união das representantes do PT com as dos partidos que compõem a Federação Brasil Esperança, como o PCdoB e PV, e de outras legendas da base aliada. “Com certeza estamos nos organizando para que tenhamos várias proposições para formular e executar mais políticas para as mulheres porque passamos por um período de muita dificuldade de atraso na execução de políticas para nós no nosso país. E, portanto, tivemos muitas conquistas anteriores”, afirmou Moema sobre as políticas implementadas nas gestões do PT no Brasil.
O objetivo das organizadoras do movimento é continuar trabalhando para fortalecer a coordenação de mulheres, com a intenção de apresentar as propostas na próxima plenária, no dia 22 de agosto. “Nós mulheres, sairemos às ruas para começar essa campanha de luta em defesa dos direitos das mulheres, por mais mulheres na política e no poder e pela democracia”, afirmou Moema.