O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), candidato à prefeitura de São Paulo, recebeu de acordo com Matheus de Souza, do O Globo, R$ 30 milhões de doações destinadas pelo fundo eleitoral do PT. Com isso, ele já acumula R$ 44,6 milhões disponíveis para a campanha, segundo a Justiça Eleitoral. A quantia é a maior entre os postulantes ao cargo. Desta fatia, o PSOL, seu partido, doou R$ 14 milhões. Outros R$ 88 mil foram levantados por meio de financiamento coletivo, e outros valores vêm de doações individuais.
A liberação da verba do PT ocorre após um adiamento da direção nacional da sigla. O assunto tem sido motivo de deliberação dentro da legenda desde que Marta Suplicy (PT) foi escolhida para ocupar a chapa de vice do candidato. A direção do PT costuma vetar o financiamento de candidaturas de outras legendas. O pré-requisito para a doação é ter um representante do PT na chapa em um município com mais de 100 mil habitantes, e, mesmo assim, a liberação de um alto volume de dinheiro não costuma ser unanimidade na legenda.
O atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), tem R$ 22 milhões à disposição, com a maior parte financiada pelo PL, R$ 10 milhões. Sua própria sigla empenhou R$ 5 milhões, enquanto o Progressistas e o Podemos doaram R$ 3 milhões cada. O Solidariedade, outro partido no arco de alianças do candidato, doou R$ 1 milhão.
Pablo Marçal (PRTB) declarou à Justiça Eleitoral a receita de R$ 1,7 milhão. Maior parte do dinheiro proveniente de doações.
Tabata Amaral (PSB) declarou R$ 14 milhões, sendo que seu partido destinou, até agora, R$ 13 milhões. O apresentador José Luiz Datena (PSDB) declarou R$ 3,6 milhões, total aplicado pelo partido no seu nome.