O Partido dos Trabalhadores comunicou formalmente à Justiça Eleitoral que está elaborando um “Programa de Combate Ostensivo à Corrupção”. Trata-se de uma espécie de manual contra uma série de práticas criminosas, as quais já levaram seus dirigentes e integrantes para a cadeia. As informações são da revista Crusoé.
O manual possui 21 artigos que “reforçam os valores” do Código de Ética e Conduta da sigla. No total, o partido lista oito práticas “consideradas ilícitas”, como pagamento de propina ou caixa 2 de campanha.
O documento afirma que o integrante que “comprovadamente” praticar uma das condutas proibidas será “demitido e processado” pelos danos morais causados ao partido e que a legenda “comunicará as autoridades competentes acerca dos ilícitos cometidos pelos seus integrantes ou colaboradores”.
O manual foi elaborado por um escritório de advocacia de Curitiba contratado pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Ela mesma é investigada por suspeita de beneficiar-se dos esquemas que o manual condena.
A encomenda do documento ocorreu em 2019, época em que o ex-presidente Lula ainda estava preso em Curitiba por corrupção e lavagem de dinheiro nos casos do tríplex do Guarujá e do sítio de Atibaia.
Vale lembrar que, envolto em escândalos como o mensalão e o petrolão, o PT nunca chegou a punir seus integrantes condenados por corrupção e nunca fez um mea culpa pelos casos.
A entrega do “Programa de Combate Ostensivo à Corrupção” deve ocorrer em novembro deste ano. O prazo foi adiado devido a dificuldades causadas pela pandemia, segundo relatou o partido.