Lideranças do PSB e do PT saíram da reunião realizada na última quinta-feira (20) ao menos com uma certeza em comum, registrou a coluna de Igor Gadelha. Conforme a publicação, partidários de ambas as siglas concordam que os palanques de São Paulo e do Rio Grande do Sul serão as maiores dores de cabeça para que as legendas alcancem um consenso na criação da federação partidária.
Mais do que isso, nenhum cacique das siglas sabe dizer qual a possível solução para o imbróglio.
A questão é que nem peesebistas, nem petistas cogitam desistir das candidaturas nos estados. O PSB aposta em Márcio França ao governo de São Paulo e Beto Albuquerque no Rio Grande do Sul.
Já o PT vai lançar Fernando Haddad no estado do Sudeste e tem Edegar Pretto como pré-candidato no palanque gaúcho.
Os dois estados estarão no centro das discussões pelas regras para escolha de candidatos da federação que as siglas tentam formar para os próximos anos.
O PSB, em defesa de seus candidatos, irá defender regras que balanceiem os dados eleitorais com articulações políticas. E argumentará que o ex-presidente Lula precisará de palanques que levem sua candidatura mais ao centro.
O PT por outro lado argumentará que, de acordo com as últimas pesquisas de intenção de voto, Haddad e Pretto aparecem com mais chances do que França e Albuquerque. E que ambos os estados sempre tiveram candidatos petistas na disputa pelos governos.
Integrantes do PSB em Pernambuco, um dos principais estados para a sigla, argumentam que uma possível solução seria lançar Márcio França ao Senado em São Paulo. E assim deixar o caminho livre para Haddad tentar o Palácio dos Bandeirantes.
Nos estados já acertados, faltam detalhes para o PT anunciar que abrirá mão das candidaturas em Pernambuco, Rio de Janeiro e no Espírito Santo. Em contrapartida, o PSB apoiará candidatos petistas na Bahia, Sergipe, Piauí e Rio Grande do Norte.