Aliados na eleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), PT e MDB podem se dividir na composição de forças no Senado. O MDB já tem acordo para se somar ao União Brasil em um bloco, mas a participação do PT é incerta. Os petistas tentam formar um grupo com PSD e PSB.
A composição dos blocos é importante para a escolha de quem vai integrar as comissões da Casa. Quanto maior o bloco, maior o número de participantes em cada colegiado.
Parlamentares temem que o PT fique excessivamente poderoso ao ocupar posições de relevo para além do Executivo.
Em função disso, o PT não conseguiu ocupar a vice-presidência do Senado, que ficou com o MDB. No lugar, ficou com a Primeira Secretaria da Casa. A troca desagradou o senador Jaques Wagner (PT-BA) que é líder do governo. “Quem é do partido do presidente da República sofre mais”, brincou.
Bloco oposto no Senado foi formalizado nesta quarta por PL, PP e Republicanos.
Há discussão agora para adesão do PT a um bloco do PSD com PSB, que se tornaria o maior da Casa. Os petistas tomam cuidado para não irritar os emedebistas, que também queriam atrair o PSD para o seu grupo.
O governo considera que ter dois blocos no Senado, com tamanhos semelhantes, ajudará a ocupar mais espaços nos colegiados do que formando um “blocão” com todos.