A distribuição dos cargos do governo federal nos estados, em negociação no Congresso, está gerando segundo a coluna de Guilherme Amado, disputa em Pernambuco. Parlamentares de partido de centro estão incomodados com o espaço dado ao PT nas negociações.
Como não há um coordenador estadual eleito neste ano, é o deputado Carlos Veras, do PT de Pernambuco, que tem organizado a interlocução com o Palácio do Planalto.
Ele disse ao colunista, que a bancada do PT está negociando as indicações da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e da superintendência local da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) com o governo.
“De forma consensual, na nossa bancada do PT, o que apresentamos para o [Alexandre] Padilha [ministro das Relações Institucionais] e o presidente Lula é a Sudene e a Codevasf. Os demais cargos estamos discutindo aqui no estado”, afirmou.
No governo Jair Bolsonaro, a superintendência da Codevasf em Petrolina (PE) estava nas mãos do ex-senador Fernando Bezerra, do MDB. O MDB quer manter o controle sobre o órgão, mas outros partidos também estão de olho no espaço, já que nele há uma verba polpuda de investimentos.
Outros cargos cobiçados no estado são as chefias da Hemobras e da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).
“Não é que tenha uma corda esticada, não é que tenha disputa. São reivindicações legítimas, é natural dos partidos. De todos. São questões naturais porque todos têm como contribuir nesses espaços”, diz Veras.
“Logo vamos chegar num entendimento e fazer composições compartilhadas, para que o conjunto de lideranças que têm capacidade de ajudar a reconstruir esse país esteja ocupando esses espaços.”